Há uma coisa que vejo muito frequentemente e que me custa a entender: a preocupação, a meu ver excessiva, com o número de roupa que se veste.
É muito comum ouvir as pessoas dizerem que têm como meta vestir um 34/36. Ou dizerem que têm que chegar aos 50 Kg. São os exemplos mais comuns, como que valores ideais.
E, da mesma forma, muitas vezes torna-se complicado fazer com que algumas pessoas percebam que não há um peso ideal estipulado, que não importa se vestem o 38 e se sentem bem assim.
Em consulta, o importante, na maior parte dos casos, é saberem quantos quilos perderam, porque o valor tem que estar sempre a descer na balança. Se assim não for, é o fim do mundo.
Mas não é. Sobretudo quando se começa um plano e se complementa com exercício físico. É muito normal perdermos volume, a roupa a ficar mais larga e o peso não diminuir muito.
Um drama por causa disso? O que importa não é sentirmo-nos bem com o nosso corpo?
E o que importa não é gostarmos de nos ver ao espelho, independentemente do número da roupa que estamos a usar (claro que dentro dos parâmetros saudáveis)?
Se não é, devia ser! Sobretudo quando as lojas de roupa mais procuradas fazem, por exemplo, t-shirts só em M e L (o que equivale, na realidade, a um S e M, respectivamente!!).
Vamos esforçar-nos por gostar de nós e não por usar os tamanhos considerados ideais. Esse sim é o ideal!